quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Os índios do Maranhão
O Maranhão dos índios

Um pouco de história

No século XVII, a população indígena no estado do Maranhão, era formada por aproximadamente 250.000 pessoas. Faziam parte dessa população, cerca de 30 etnias diferentes; a maioria delas, hoje, não existe mais. Povos indígenas como os Tupinambá que habitavam a cidade de São Luis, os Barbado, os Amanajó, os Tremembé, os Araioses, os Kapiekrã, entre outros, foram simplesmente exterminados ou dissolvidos social e culturalmente. Outras etnias existentes na época, como os Krikati, Canela, Guajajara-Tenetehara e Gavião, continuam presentes até hoje. São notórias as causas do desaparecimento de cerca de 20 povos indígenas no Maranhão: as guerras de expedição para escravizar, as doenças importadas, a miscigenação forçada, a imposição de novos modelos culturais, entre outras causas.

Hoje...

guajajaraA população atual dos povos indígenas no estado do Maranhão soma cerca de 20.000 pessoas e está em progressivo aumento. Isto vem se dando a partir de uma série de fatores, entre eles uma certa melhoria das condições de vida, uma maior qualificação dos próprios índios em gerirem a educação, a saúde, as atividades agrícolas, e uma determinante vontade de viver segundo seus costumes. Um outro fator importante foi a demarcação de todas suas terras que, embora invadidas, conferiram à população indígena maior auto-confiança e segurança em sua perspectiva de auto-perpetuação física e cultural.
Tudo isto não significa que não haja problemas e carências estruturais entre os povos indígenas do Maranhão. O estado, hoje, não consegue, ou não quer, garantir os direitos mínimos consagrados na Constituição de 1988. Mantém ainda uma relação de tutela, misturada com um paternalismo humilhante que minam profundamente o sonho de uma autêntica autonomia para os povos indígenas.
Hoje, parece não haver mais “guerras justas ou santas” contra os pagãos e selvagens índios, mas pouco se tem feito para superar e extirpar os preconceitos disseminados na sociedade brasileira, e as inúmeras formas de racismos contra os índios. Hoje, não se planejam mais etnocídios oficiais, mas procura-se introduzir nas aldeias novos e mais sofisticados modelos culturais, econômicos e religiosos, que ameaçam a coesão e a identidade étnica dos povos indígenas. Além disso, as invasões das terras indígenas e os saques ao rico patrimônio indígena por partes de grandes grupos econômicos nacionais e não (madeireiras, mineradores, laboratórios farmacêuticos, agro-business, etc.), com a conivência de setores do estado, ressuscitam um moderno colonialismo explorador, que só se diferencia do antigo pelo seu grau de sofisticação, mas permanece igualmente brutal e desumano. A inconformidade e a resistência dos índios, entretanto, não foram dobradas. Eles continuam lutando para serem respeitados e reconhecidos em suas diferenças cultural, social e política.
Presidenta da Funai conversa com prefeitos de diferentes regiões sobre implementação da política indigenista
 
A presidenta da Funai, Marta Maria Azevedo, esteve reunida ontem (29), em Brasília, com alguns prefeitos, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. A reunião ocorreu durante o Encontro Nacional com Novos Prefeitos e Prefeitas, coordenado pela Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República.

A iniciativa da Funai buscou abrir um canal de diálogo entre a Fundação e prefeituras, cujos municípios abranjam terras indígenas ou que tenham, sob sua jurisdição, populações indígenas. O objetivo foi abordar desafios que os diversos prefeitos enfrentam para implementar a política indigenista nas diferentes áreas, bem como expor algumas experiências bem sucedidas.

Nesse sentido, além da Funai, também participaram da reunião representantes do Ministério da Educação (MEC), Ministério da Cultura (Minc), Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI/MS), que apresentaram suas respectivas políticas para as populações indígenas e formas de acesso a elas. Estiveram presentes prefeitos de cidades como Bertioga (SP), Tocantínia (TO), Terra Roxa (PR), Guaíra (PR), Japorã (MS), entre outras.

Para a presidenta da Funai, este foi um primeiro momento de apresentações e esclarecimentos gerais sobre as diferentes pastas, que possibilitarão aos prefeitos, sejam novos ou reeleitos, acessar os canais disponíveis no governo federal para garantir maior efetividade à implementação das políticas públicas voltadas aos povos indígenas.
 

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

indigenas 2013

Funai aprova estudos de identificação da Terra Indígena Iguatemipegua I, no MS, que engloba os territórios tradicionais de Pyelito Kue e Mbarakay, do povo Guarani Kaiowá

A Funai aprovou as conclusões dos estudos de identificação e delimitação da Terra Indígena Iguatemipegua I, que abrange os tekoha (terras tradicionais) Mbarakay e Pyelito Kue, no município de Iguatemi, estado do Mato Grosso do Sul. A decisão foi publicada terça-feira, 8, no Diário Oficial da União (DOU), e reconhece como de ocupação tradicional do povo Guarani Kaiowá uma superfície de 41.571 hectares.
“A TI Iguatemipegua I é de ocupação tradicional das famílias kaiowá dos tekoha Pyelito Kue e Mbarakay, apresentando as condições ambientais necessárias à realização das atividades dessas mesmas famílias e tendo importância crucial do ponto de vista de seu bem estar e de suas necessidades de reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições, correspondendo, portanto, ao disposto no artigo 231 da Constituição Federal vigente”, aponta o relatório circunstanciado.
Cerca de 1.800 indígenas integram a população que habita o território identificado pelo estudo e, entre eles, estão os membros da comunidade de Pyelito Kue que, no fim do ano passado, divulgaram uma carta afirmando a decisão de resistir em suas terras até as últimas consequências, o que despertou a atenção da opinião pública nacional e internacional.
A publicação deste relatório representa o primeiro passo do compromisso assumido pela Funai de aprovar os Relatórios Circunstanciados de Identificação e Delimitação das terras indígenas Guarani e Kaiowá, na região do Cone Sul/MS, dentro dos prazos pactuados com as lideranças indígenas e os antropólogos coordenadores dos GTs, durante a Aty Guasu (Grande Assembleia Guarani) realizada em julho de 2012, na aldeia Rancho Jacaré/MS.
Próximos passos

Durante a visita de uma comitiva do governo federal ao Mato Grosso do Sul, entre os meses de novembro e dezembro do ano passado, foi criado um Grupo de Trabalho permanente composto por representantes do legislativo e executivo federal e estadual, organizações indígenas e de produtores rurais, além de instituições como o Ministério Público Federal e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), com o objetivo de discutir e propor soluções concretas para a situação dos povos Guarani Ñandeva e Guarani Kaiowá no estado.
Dando continuidade ao que foi acordado em reunião na Assembléia Legislativa estadual, o GT deverá discutir e encaminhar a melhor forma de dar sequência a esse processo de reconhecimento e posse da terra indígena pelos Guarani, iniciado com a publicação do estudo de Iguatemipegua I. Inaugura-se, portanto, o período para a promoção do diálogo entre as diversas esferas de governo e os demais interessados na questão

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

BANDA REVELAÇÃO DA TRIBO

de aldeia zutiva para todo brasil

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festa moqueado

                                          Festa do moqueado na Aldeia Maracanã

O momento é crítico e pede-se a atenção de todos ao chamado das lideranças indígenas da Aldeia Maracanã. Podem comparecer na aldeia preparados com: Barracas, pertences, alimentos não perecíveis, instrumentos musicais, água, cal, tintas, materiais de higiene pessoal, etc. Estamos fazendo uma vivência e intercâmbio cultural.

Foi derrubada inconstitucionalmente uma liminar que impedia a demolição do prédio histórico com mais de 150 anos de construção.

Estamos nos preparando internamente e estruturalmente par
a receber um grande número de pessoas que estão dispostas a defender esta causa e se juntar a nós num corredor humano.

Fiquem ligados a nossa página Centro Cultura Indígena e essa página do evento.

PROIBIDO USO DE DROGAS LICITAS E ILÍCITAS NO LOCAL.

banda som de louvor da tribo


nota da funai

Nota da Funai – Ocupação indígena do antigo prédio do Museu do Índio
 
A Fundação Nacional do Índio (Funai) vem a público esclarecer os acontecimentos referentes à ocupação por indígenas de diversas etnias no prédio do antigo Museu do Índio, localizado no bairro do Maracanã, município do Rio de Janeiro.

Conhecido como antigo Museu do Índio, o edifício situado no bairro do Maracanã, ocupado por indígenas de diversas etnias desde 2006 e intitulado pelos mesmos como Aldeia Maracanã, sediou o então Serviço de Proteção aos Índios e Localização dos Trabalhadores Nacionais (SPILTN) – que, em 1918, foi transformado em Serviço de Proteção aos Índios (SPI) – desde 1910, ano de sua criação, até 1962, quando fora transferido para Brasília. Trata-se de prédio histórico, doado em 1865 pelo Duque de Saxe, Príncipe Ludwig August de Saxe-Coburgo-Gotha (1845-1907), marido da Princesa Leopoldina, ao Governo Imperial, com o intuito de que fosse ali abrigado um órgão de estudos e pesquisas sobre as culturas indígenas brasileiras. O prédio, além do já citado órgão indigenista, abrigou ainda a antiga “Escola Nacional de Agricultura”, antecessora da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ.

O referido edifício sediou o Museu do Índio, atualmente órgão técnico-científico desta Fundação, de 1953 a 1977, quando fora transferido para o casarão que atualmente ocupa na rua das Palmeiras, em Botafogo, também município do Rio de Janeiro. Em 1984, a titularidade do imóvel foi cedida pela União à Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB, vinculada ao Ministério da Agricultura, posteriormente Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Recentemente, a titularidade do imóvel foi adquirida pelo Estado do Rio de Janeiro.

Não obstante o valor histórico do imóvel, por ser datado do século XIX e ex-sede do órgão indigenista brasileiro por mais de meio século, o prédio não é tombado, seja na esfera federal, estadual ou municipal. Neste sentido, destacamos que esta Fundação não possui ingerência administrativa e ou prerrogativa legal sobre a edificação.

A Funai possui informações de que indígenas de diversas etnias, como Guajajara, Pankararu, Xavante, Guarani, Fulni-ô, Pataxó, Potiguara e Kaigang, dentre outras, encontram-se no imóvel. Os indígenas, na qualidade de cidadãos brasileiros em pleno direito, conforme dispõe a lei, recorreram ao judiciário, por meio da Defensoria Pública da União, que tem atuado na matéria conjuntamente com o Ministério Público Federal.
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Destacamos que, enquanto órgão responsável pela coordenação do processo de formulação e implementação da política indigenista brasileira, esta Fundação atua em articulação com diversas entidades nas esferas federal, estadual e municipal. Nesse sentido, não é prerrogativa exclusiva da Funai a proteção dos direitos indígenas, mas sim da atuação conjunta desses diversos órgãos. Conforme notícias veiculadas, o Governo do Estado do Rio de Janeiro, em razão do exposto, tem negociado alternativas para suprir as necessidades de habitação e de realização das atividades econômicas do grupo, como a venda de artesanato. Ainda, a atuação desta Fundação em relação a indígenas em variados contextos urbanos tem se pautado na proposição de adequações nas políticas de assistência social, com vistas à atenção aos direitos assegurados e especificidades culturais desses povos, bem como no monitoramento de sua efetividade.

guerreiros guarani


17 de janeiro de 2013
Guerreiros Guarani realizam ritual no Museu do Índio (RJ)
Guardiões Guarani apresentam o ritual xamânico Xondaro, no próximo final de semana (19 e 20 de janeiro), às 17h, no Museu do Índio, no Rio de Janeiro. Participam do ritual 18 integrantes da aldeia Sapucay, da Terra Indígena de Bracuí, localizada em Angra dos Reis (RJ).

O Xondaro, que será apresentado pela primeira vez fora da aldeia,  é uma mistura de luta, dança e canto. Entre os objetivos do ritual está o de desenvolver o equilíbrio e a saúde do corpo. Os Guarani irão saudar o ano de 2013, mostrando a sua força e vitalidade espirituais.

O público vai poder conhecer o princípio filosófico e a prática do Xondaro, que prepara os integrantes da comunidade Guarani para a caça, a pesca e várias outras atividades  que integram o cotidiano da  aldeia.

60 anos do MI

O evento Xondaro marca o início das comemorações de aniversário do Museu do Índio, que completa 60 anos, em 2013.  A instituição foi fundada em 19 de abril de 1953 pelo então responsável pela Seção de Estudos do Serviço de Proteção ao Índio (SPI e atual Funai), o antropólogo Darcy Ribeiro. 

De lá prá cá, o Museu do Índio desenvolveu inúmeros projetos junto à comunidade indígena brasileira. Embora tenha passado por muitas transformações ao longo dos anos, a instituição construiu sua trajetória sempre  baseada na filosofia de proteger e salvaguardar a cultura indígena do país, trabalhando, primordialmente, em parceria com os índios

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

grajaú-ma

 
 

Audiência pública marcará explicações do prefeito sobre pagamento de salários dia 25 de janeiro


“No próximo dia 25 de janeiro, uma sexta-feira, a Prefeitura de Grajaú irá realizar uma audiência pública para esclarecer sobre o pagamento de salários atrasados e futuros”. A afirmação é do próprio prefeito Júnior de Sousa Otsuka, que afirmou ainda que “a população vai se surpreender com o que será comunicado no evento”.

Segundo o capitão, “o dinheiro chega, as contas existem e o que faltava em Grajaú era uma administração que prestava contas ao povo”. Ele garantiu que essa iniciativa será cumprida a partir de agora com “uma gestão clara e transparente”. O evento contará também com a participação do Ministério Público, que propôs a audiência.

O prefeito não hesitou em afirmar que acontece hoje em Grajaú um “choque de gestão pública que vai assustar muita gente”, ou seja, segundo ele, a transparência e prestação de contas com a população grajauense será uma marca do seu governo.

Altos salários

A reportagem do Grajaú de Fato também questionou o prefeito municipal quanto ao novo valor do seu salário: 22 mil reais. Ele foi categórico na resposta: “Não fui eu que aprovei os novos valores de salário; também acho alto e irei baixá-los um pouco”, disse se referindo ao seu salário e dos demais cargos públicos: Vice-prefeito: 18 mil reais; secretários 8 mil. Esses valores foram aprovados pela Câmara Municipal de Grajaú no dia 28 de dezembro de 2012, última sessão da gestão passada.

Mesmo tendo consciência dos valores altos, Otsuka deixou a seguinte reflexão sobre o assunto que vem dividindo opiniões da população grajauense. “É preferível um salário digno a ganhar mal e aparecer bem”.
 Informações do site : Grajaú de Fato

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

grajaú-ma

Sessão extra em 2013 empossa dois suplentes de vereadores



Prefeito de Grajaú Otsuka entrando na Câmara
O presidente da Câmara municipal de Grajaú, Marinaldo Alexandre, convocou nesta segunda-feira (07), os demais membros da casa, para a realização da posse de dois suplentes de vereadores, que são eles Reginaldo da Mangueira e Sargento Clebe. A solenidade contou com a presença do prefeito de Grajaú Junior Otsuka e do Vice-prefeito Abmael Neto, que estavam ali, também para acompanhar a aprovação dos primeiros projetos do governo na Câmara.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

vestibular indigenas unb/2013

PROCESSO SELETIVO FUNAI/UnB A Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e a Fundação Universidade de Brasília (FUB), considerando o convênio firmado em 16 de fevereiro de 2004, comunicam a realização de Processo Seletivo de 2013, destinado a selecionar candidatos indígenas para provimento de vagas nos cursos de graduação em Agronomia, Ciências Biológicas, Ciências Sociais, Enfermagem, Engenharia Florestal e Medicina, oferecidos pela Universidade de Brasília (UnB), para o primeiro e segundo semestre de 2013.

Vagas Agronomia - Diurno - 1 vaga Ciências Biológicas (Licenciatura/Bacharelado) - Diurno - 2 vagas Ciências Sociais - Diurno - 2 vagas Enfermagem - Diurno - 2 vagas Engenharia Florestal - Diurno - 1 vaga Medicina - Diurno - 2 vagas

Inscrições Horário:A inscrição deverá ser efetivada exclusivamente via Internet, no endereço eletrônico http://www.cespe.unb.br/vestibular/vestunb_13_1_2_funai, no período entre 10 horas do dia 7 de janeiro de 2013 às 23 horas e 59 minutos do dia 4 de fevereiro de 2013, observado o horário oficial de Brasília/DF, por meio de preenchimento de formulário eletrônico disponível no aplicativo de solicitação de inscrição

guajajara

Foto: Vincent Carelli, 1980

Guajajara

  • Outros nomes
  • Onde estão
    MA
  • Quantos são
    23.949 (Funasa, 2010)
  • Família linguística
    Tupi-Guarani

Introdução

Os Guajajara são um dos povos indígenas mais numerosos do Brasil. Habitam mais de 10 Terras Indígenas na margem oriental da Amazônia, todas situadas no Maranhão. Sua história de mais de 380 anos de contato foi marcada tanto por aproximações com os brancos como por recusas totais, submissões, revoltas e grandes tragédias. A revolta de 1901 contra os missionários capuchinhos teve como resposta a última "guerra contra os índios" na história do Brasil.