Formação Indígena é discutida em mesa-redonda do Profebpar em Imperatriz
O evento reuniu estudantes e professores de Imperatriz, Grajaú e outras localidades
IMPERATRIZ
- Foi realizada na última segunda-feira (2), na Secretaria Municipal de
Saúde (SEMUS) de Imperatriz, uma mesa-redonda com o tema Educação Escolar indígena e Formação de Professores.
O evento foi organizado pelo Programa de Formação de Professores para
Educação do Plano de Ações Articuladas (PROFEBPAR) em Imperatriz, e
tinha como proposta discutir a educação escolar indígena fazendo uma
articulação com a formação de professores.
O
PROFEBPAR foi criado em 2009 e atua em mais de 40 municípios do
Maranhão, possuindo mais de 2000 alunos. Oferece qualificação aos
professores da rede municipal da Educação Básica que trabalham na área e
não têm curso superior. O polo PROFEBPAR de Imperatriz possui
atualmente uma turma de alunos, duas em Bom Jesus das Selvas, cinco
turmas na cidade de Grajaú e três turmas em Lago da Pedra.
Integraram
a mesa-redonda o co-fundador da Coordenação das Organizações Indígenas
da Amazônia Brasileira (COIAB), diretor-presidente do Centro Indígena de Estudos e Pesquisa (CINEP) e professor do Curso de Licenciatura Específica para Formação de Professores Indígenas da
Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Gersem Baniwa; o professor da
UFMA, José Bolívar Paredes; o representante indígena e também professor,
José Arão Guajajara; a Coordenadora adjunta do Plano Nacional de
Formação de Professores da Educação Básica (Parfor), São Luís, Eliane
Oliveira Rocha e a coordenadora do polo PROFEBPAR de Imperatriz, Késsia
Moura.
Durante
a mesa, os convidados falaram sobre a necessidade de sensibilizar os
professores desta região a contemplar as especificidades da educação
indígena. O professor Gersem Baniwa fez um apanhado sobre educação
indígena a nível nacional e sobre os princípios norteadores para a
formação desses professores especificamente. “É preciso que se pense os
professores indígenas enquanto profissionais multiculturais,
multifuncionais e multilinguistas”, explicou.
O
professor da UFMA, José Bolívar, ressaltou a obrigação das instituições
de ensino em oferecer educação de qualidade e inclusiva: “É necessário
garantir educação para índios, quilombolas, para nós, para todos”,
afirmou.
O
evento reuniu professores da rede de ensino de Imperatriz e estudantes
do PROFEBPAR de Imperatriz, Grajaú e outras localidades. Após as
discussões foram lançadas propostas para resolução dos problemas
enfrentados pelos indígenas.
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