Educação indígena – O desafio da educação indígena
brasileira é um dos temas em discussão entre os participantes da
reunião. Trazendo na cabeça penas coloridas e colares pendendo ao redor
do pescoço, o indígena José Carlos Batista representa a comunidade
indígena Tupinambá Olivença, do sul da Bahia. Ele está em Brasília há
pouco mais de um mês como consultor no Ministério da Educação para
colaborar com a nova divisão territorial educacional para as nações
indígenas.
Até então, ele era professor na Escola Estadual
Indígena Tupinambá de Olivença, que fica numa aldeia indígena em área
rural a 20 km de Ilhéus. José Carlos é um entusiasta dessa política que
divide o Brasil em territórios etnoeducacionais. Segundo ele, essa nova
divisão territorial facilitará ações de educação escolar específicas
para os diferentes povos.
Na escola Olivença, por exemplo, a
língua, a cultura, o sagrado e o artesanato do povo tupinambá são
integrados ao currículo convencional. “Os tupinambás têm o português
como língua materna porque o tupi não é falado mais. Desde 2000, há um
trabalho de revitalização da língua tupi, que é uma disciplina na nossa
escola”, explica.
Assessoria de Comunicação Social
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